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domingo, 16 de abril de 2017

Summer of Love - 1967

Quando anunciei aqui o cinquentenário da foto da capa do disco Sergeant Pepper's Lonely Hearts CLub Band, não estava com a idéia de escrever mais nada sobre o disco que mudou a história da música...

Claro que mudei de idéia!!

Quando acabei de ler o espetacular livro de Svetlana Aleksiévitch - A guerra não tem rosto de mulher - e passeei pela estante para procurar um próximo livro, eis que piscou pra mim um que eu já havia lido. Cahamava-se Summer of Love. Eram os Beatles me chamando para não deixar aquele feito em branco, ou quase, como estava...

O autor é George Martin, veja bem, sem o R.R. no meio, daquele outro autor da saga mais espetacular da TV - Game of Thrones, tanto que sua morte (a do primeiro) foi confundida com a do segundo, e todos os fãs da série ficaram apavorados porque ele haveria morrido sem completar a saga. Que gente egoísta! E até acabaram ficando contentes quando perceberam, que era o outro.

Sua grande maioria nem sabiam da existência do George Martin original, muito menos de sua importância na história da música.

Para ilustrar, vejam a foto ao lado, especialmente os dizeres que ele colocou como legenda.

Pois é, George Martin era o primeiro ser humano a ouvir uma música dos Beatles, de 1962 a 1969, nos estúdios da Abbey Road. John e Paul, especialmente, invariavelmente apresentavam a ele suas idéias de canções ao violão (ou piano), às vezes em conjunto ou em separado, como na foto. George e Ringo antes passavam pelo crivo de John e Paul.

George Martin foi o único produtor que levou a sério o som dos quatro rapazes. Eles haviam peregrinado por todas as principais gravadoras, apenas uma delas (Decca - 1 de janeiro de 1962) chegou a ouvi-los mas detonaram porque 'grupos de guitarras estava com os dias contados'. O empresário Brian Epstein já estava desistindo, quando recebeu um chamado de um engenheiro da HMV (uma das grande lojas de discos), um certo Jim Foy (OBRIGADO!!!!), que estava arquivando o acetato com as gravações, e gostou do som. Chamou um certo Syd Coleman, que se lembrou de um certo George Martin, que tinha um selo na EMI, chamado Parlophone, que gravava discos de comédias ('A que ponto cheguei', pensou Brian). Ele ligou para George, que disse: 'I don't know!', ao que Brian respondeu: 'Eles serão maiores que Elvis!' ... Brian Epstein estava certo... George Martin fez um bom negócio. Depois, houve o encontro, em 6 de junho de 1962, houve a audição (sim, houve a audição!), George ficou encantado pelo carisma dos rapazes, e gostou das canções originais que traziam, especialmente, 'Please Please Me' 'Love Me Do', especialmente da gaita que John tocava nesta última. O resto é História!!!

A partir daí, Big George (como o chamavam, distinguir de Harrison) produziu 14 dos 15 LP's dos Beatles, dando idéias, mas principalmente traduzindo o que os Beatles queriam para suas músicas, especialmente naquele verão de 1967, em que estavam dedicados somente ao som que faziam, tendo abdicado definitivamente dos shows ao vivo.

Deverei produzir post sobre algumas da notáveis canções, mas vou ficando por aqui, deixando os primeiro dois parágrafos do livro, apresentando-o.

Enjoy


2 comentários:

  1. Li em algum lugar que Please please Me foi composta por John após Love Me Do, porque GM queria que eles gravassem How do you do it.

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  2. Homero, me segura. Livro de George Martin? Summer of Love? Onde encontrar tal preciosidade? E pelo que você nos mostrou é bom demais...Sim, nossa memória nos prega peças...Imagine que recordo um Zepellin passando aqui em Montes Claros. E nunca teve Zepellin por aqui. Talvez eu tenha sonhado.
    Mas quando os possíveis enganos chegam por alquém que realmente estava lá e amava os meninos tanto quanto nós...realmente nñao importa. Ah, gostaria muito de ler esse livro. Eu geralmente recuso todos...todos. Mas isso aqui é algo muito especial.

    E obrigada pela amostra gratis.

    Eu li em algum lugar, não tenho conmo provar que é caso real, que após tantas recusas Brian ficou pensando a respeito sem entender. Será que teria se enganado? Será que não eram bons como tinha pensado? Pois tinha visto eles no Cavern e pensou em contratá-los na hora. Bastou ver eles..." E aí entendeu. Ele tinha visto eles. E tinha conversado com eles. As pessoas que ele procurava não viam eles. Apenas ouviam os tapes. E quando viam, no caso da DECCA, não conversavam com eles. Ficou pensando na possibilidade de, havendo nova chance, leva-los para um bate papo no estúdio. E foi exatamente o que fez quando se encontraram com George Martin, que não apenas gostou da música. Gostou do jeito deles...foi 'fisgado' pelo carisma que emanavam. Faz sentido. Por isso digo que os Beatles nunca foram apenas uma banda de rock. The Beatles: quatro personalidades marcantes, encantqadoras que além disso também compunham, tocavam e cantavam.
    E fica aqui uma sugestão de texto que talvez já exista e ainda não vi. The Beatles no Verão do Amor. A importancia deles para aquela energia de amor que varreu um mundo naquele ano. All you Need is Love e...a participação deles no mais importante (para mim) festival de música de todos os tempos: O Montery Pop. Organizado por Derek Taylor entre outros teve os Beatles envolvidos como embaixadores ou algo assim. Sei que deram sugestões para os contratos e fizeram um cartaz de divulgação desenhado a quatro mãos. George sugeriu Ravi Shankar. Paul sugeriu Donovan ( que não pode ir por problemas com drogas), The Who e Jimy Hendrix.Teve de lutar muito para que concordassem com essa sugestão. Doidão demais, dizia. Paul bater pé firme e foi contratato. Embora já estivesse com sucesso na Inglaterra, ele só virou super estrela ali naquele festival. Enfim, foi lançado para o mundo via Paul McCartney.

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