-

sábado, 31 de dezembro de 2016

Em 2017, estarei em TREINAMENTO - by Renata Ventura

Eu havia decretado http://blogdohomerix.blogspot.com.br/2016/12/na-verdade-2080.html, com o que aconteceu de bom e de mau em 2016,como o último post do ano.

Só que então, Renata publicou sua lista de coisas a fazer em 2017.

E como toda boa resolução de fim de ano, tem que ser compromissada no fim do ano!

Não são apenas coisas a FAZER, mais importante, são mais coisas a SER.

Ela começou com um esboço, aqui na imagem, mas resolveu explicar, exemplificar, detalhar para seus leitores, mais que só para eles, servirá para todos.

Difícil realizar 100%, tem uma parte lá que garanto que não conseguiria mesmo, mas de resto, como o mundo seria melhor se as pessoas agissem assim!!! 

Aliás, se todos fossem assim, mesmo aquela 'parte lá' não seria necessária!!!

Bem, a tal exemplificação ficou longa, ficou equivalente a sete páginas em Word, mas vale cada linha, que reproduzo aqui...

Se tiver preguiça, pula pra linha final.... mas garanto que não vai se arrepender....

E, por final, e mais uma vez, terceira vez, 
FELIZ 2017
Que será bem feliz se muitos agirem como Renata quer agir....

_____________________________

Em 2017 estarei em treinamento. https://www.facebook.com/images/emoji.php/v6/f4c/1/16/1f642.png:-) Esta é minha lista de resoluções para o Ano Novo! Quem gostar, pode tentar cumpri-la também! Ou adaptá-la do jeito que quiser!

Estas são as lições que aprendi em 2016 e que quero botar em prática em 2017. É minha mensagem “FOCA NO BEM” para o novo ano! https://www.facebook.com/images/emoji.php/v6/f51/1/16/1f603.png
:-D

Minhas observações sobre cada item da lista estão aqui embaixo! É só clicar em "Continuar lendo"! https://www.facebook.com/images/emoji.php/v6/f4c/1/16/1f642.png
:)

“Escrever com ALEGRIA e ENTUSIASMO. Sempre.”

(Para outras situações, pode trocar por “Trabalhe com ALEGRIA e ENTUSIASMO. Sempre.”)

(Por mais que a gente goste do que está fazendo, e eu amo, há dias em que a gente se desespera e acha que vai dar tudo errado. Mesmo ASSIM, trabalhe com alegria e com entusiasmo! Isso vai te dar uma energia positiva enorme e você vai conseguir sair do lugar no que está escrevendo.)

(No caso de você não ser escritor, eu aprendi num livro [acho que foi “Tom Sawyer”] que, mesmo que você não goste do seu emprego, se você se forçar a trabalhar sempre com alegria e com entusiasmo, a pessoa que mais vai ganhar com isso é você. Talvez você até passe a gostar do que está fazendo.)

“MEDITAR focando em ENERGIA ao acordar.”

(Basta uns dois minutinhos de concentração, sentindo energia boa entrar em você. Quando eu consigo fazer isso, eu saio da cama pulando de alegria para o dia que vai começar.)

“MEDITAR focando em INSPIRAÇÃO sempre que sentar para escrever.”

(Às vezes eu simplesmente sento e começo a escrever sem preparação alguma, sem parar para me concentrar, sem ficar um tempo de olhos fechados para focar no trabalho. Às vezes funciona. Na maioria das vezes não. Eu fico dispersa. Por isso, a partir do dia 1
1) de janeiro, vou tentar, sempre que sentar para escrever, me concentrar por um minutinho antes de começar.)

“MEDITAR focando em AMOR sempre que for sair do quarto.”

(Eu já percebi que, sempre que consigo me concentrar por alguns minutos, me programando para sentir um amor puro por todos que aparecerem na minha frente durante o dia, eu acabo gostando até daqueles que eu não gostava antes! Eu fico mais calma, mais tolerante, menos impaciente, consigo não entrar em discussões idiotas, consigo não criticar os outros, consigo não reclamar de bobagem... Uma maravilha. Nos dias que eu consigo isso, eu chego em casa LEVE, FELIZ e REALIZADA. É incrível quando acontece.)

(O problema é me lembrar de fazer isso, porque, ao longo do dia, a gente acaba esquecendo. Então, coloquei na lista de 2017. Para tentar me lembrar de fazer isso todos os dias: parar por um minuto antes de sair do quarto, ou da sala do escritório, ou do banheiro, ou onde quer que eu esteja e, antes de encontrar com qualquer outra pessoa, seja de casa ou de fora, me concentrar e programar meu cérebro e minha alma para amar a todos que eu for encontrar. Olhá-los com carinho, percebê-los como pessoas que também têm seus próprios problemas e podem estar passando por barras que a gente não faz ideia. Isso só faz bem pra gente. Impede que a gente sinta raiva de alguém que olhou feio para nós, ou que respondeu mal pra gente, porque, na grande maioria das vezes, o problema deles não é com a gente, é com outra pessoa.)

“Disciplina. Disciplina. Disciplina.”

(Esse é auto-explicativo. https://www.facebook.com/images/emoji.php/v6/f4c/1/16/1f642.png
:-) Quem conhece o Chico e o Emmanuel, entendeu a referência, kkkk.)

“Manter a ALEGRIA e o ENTUSIASMO sempre.”

(Tentar fazer isso mesmo nos momentos mais difíceis. Só vai fazer bem para mim.)

“Manter a CALMA sempre. Não importam as circunstâncias.
Jamais se perturbe.”

(Ficar nervosa, tensa, irritada, não resolve nada. Só faz mal para meu organismo e me deixa perturbada à toa. É só quando a gente se acalma que as soluções chegam. Espernear, morrer de medo e de ansiedade só vai adiar que a solução apareça em nossa mente.)

“Tudo é EMPOLGANTE. Tudo é APRENDIZADO. Tudo é EXPERIÊNCIA.”

(Quando eu fui roubada em Belém, inicialmente eu fiquei bastante aflita e trêmula. Depois que eu já estava em segurança, no entanto, eu comecei a refletir e a pensar ‘Nossa, eu aprendi isso e aquilo, e mais aquilo!” E ainda consegui sentir PENA deles, dos bandidos, porque eles é que estão fazendo mal à própria vida deles. Eu saí bem do roubo, não me machuquei, tá tudo certo. Perdi a bolsa, mas aprendi algumas coisas. Descobri que consigo ter compaixão por quem me rouba. Fiquei feliz comigo mesma.)

(Ainda não aprendi tudo que há para aprender sobre compaixão, claro. É uma das virtudes mais difíceis de se aprender e de treinar, porque não é só ter compaixão por quem gosta de você, ou pelo morador de rua, ou pela velhinha boazinha. É ter compaixão por TODO MUNDO. Por quem te rouba também. Por quem te xinga. Por quem fala mal de você pelas suas costas. Eles é que estão fazendo mal a eles mesmos.)

(Não quero nunca ter que passar pelo teste de realmente me machucar, ou de perder alguém, para exercitar minha compaixão pelo criminoso causador da desgraça. Espero nunca ter que passar por esse extremo, mas estou treinando com as coisas mais simples, para caso a ocasião chegue, eu consiga, mesmo nessa situação, sentir compaixão pelo causador da desgraça. Porque o ódio e o sentimento de querer vingança só iriam ME prejudicar. Sentindo compaixão, eu me acalmo e não corro o risco de me igualar ao bandido, pagando na mesma moeda, por exemplo.)

(Enfim, essa foi apenas uma das milhares de experiências que eu tive neste ano e que eu encarei como aprendizado. Algumas foram experiências muito felizes, outras nem tanto. Em todas, eu tentei aprender alguma coisa. Agora preciso conseguir encarar até as experiências ruins como empolgantes! Porque isso vai fazer toda a diferença para que eu consiga alcançar uma sensação de felicidade plena. Uma vez eu vi um filósofo-historiador famoso falar, em entrevista, que ele nunca havia ficado tenso ou tido ataques de pânico com as viradas da História MUNDIAL, mesmo as viradas mais assustadoras, porque ele encarava tudo de novo que acontecia na política e na economia, e na área social, com a empolgação do historiador! Com a empolgação de quem está vendo a História acontecer. Eu achei isso absolutamente BRILHANTE. Claro que eu vou continuar super me importando com tudo que acontece no mundo – isso é parte do sentir compaixão e querer ajudar os outros – mas, se eu conseguir ver todos os acontecimentos mais assustadores do mundo atual com uma certa empolgação de historiadora, esses acontecimentos se tornarão um pouco menos assustadores para mim e eu não vou entrar em pânico, como entrei algumas vezes este ano. Meu pânico, nesses casos, não ajudou em absolutamente nada. Meu pânico não fez o Trump perder as eleições, por exemplo, kkk. Nesse caso, meu pânico só fez mal a mim. Então, ‘bora ver o que esse Trump aí vai fazer e esperar com curiosidade, porque, na pior das hipóteses, TUDO PASSA. Mesmo que uma Terceira Guerra Mundial comece (e ela poderia começar com a Hilary também, a gente nunca sabe), temos que lembrar que já houve outras duas guerras mundiais e, depois, o mundo viveu um período de décadas de relativa estabilidade. Se o mundo não acabou com o Hitler, é provável que ele não acabe também com o Trump também. Vamos torcer, kkkk. Enfim, não adianta eu ficar tensa com isso. Não vai mudar nada além de minha freqüência cardíaca.)

(Observação: amigos que gostam do Trump, por favor, não se ofendam. Estou só dando um exemplo pessoal do que eu senti com a eleição. Neste momento, estou mais calma. Ainda assim, vou participar do movimento para que, pelo menos, nosso amigo Trump desista de cancelar os acordos climáticos.)

“Nada de ÓDIO. Nada de QUEIXA.”

(Reclamar de coisa boba só traz vibrações ruins para mim. É completamente inútil. Reclamar do trânsito, reclamar do calor, reclamar da demora... tudo isso, além de fazer mal a você, é CONTAGIOSO! A pessoa do seu lado pode estar super bem, distraída no canto dela! Você vai chegar com uma reclamação inútil no ouvido da pessoa a respeito do que vocês dois estão passando e ela vai perceber, e começar a ficar impaciente também. É automático.)

(Eu comecei a diminuir minhas reclamações bobas alguns meses atrás, e sabe o que eu acabei descobrindo de super legal??? Sempre que eu engolia uma reclamação idiota e inútil, a coisa sobre a qual eu ia reclamar começava a não me incomodar mais! Eu pensava: “ah, pra que vou reclamar disso? Nem é tão horrível assim que mereça ser comentado.” E daí, realmente, a coisa parava de me incomodar! Dois minutos depois, eu já tinha até esquecido do que eu ia reclamar com a pessoa.)

(Nesses últimos meses, também tentei parar de criticar coisas. Criticar artigos tendenciosos, criticar um comentário ruim de alguém, criticar erros de algum jornalista... Enfim, parei de criticar coisas que, realmente, não mudariam em nada se eu criticasse. Minha crítica não faria diferença alguma. E quando eu diminuí essas críticas, percebi que elas só estavam fazendo mal a mim mesma! Comecei a me sentir super bem! Nos dias em que eu consigo não criticar nada, é como se uma onda de vibrações boas estivesse me envolvendo! É muito incrível. Tentem! O melhor de tudo é que essas boas vibrações também acabam envolvendo sua família, porque elas não terão ouvido sua crítica, e não terão se estressado com ela, discordando ou concordando – porque se a pessoa concorda com a crítica, ela também começa a pensar mal da pessoa, jornal, ou filme criticado, e isso causa um contágio de más vibrações.)

(IMPORTANTE: quando eu digo “nada de QUEIXAS”, não estou falando das queixas importantes! Se você estiver precisando desabafar com alguém, por exemplo, por favor, FALE COM QUEM VOCÊ PUDER. Não deixe medos, inseguranças, dores, emoções guardadas dentro de si, em segredo. As pessoas podem te ajudar. Se você não tiver ninguém, no momento, com quem possa desabafar sem receio, ligue para o CVV! Eles vão te ouvir e vão te entender. O telefone deles é o 141 para todo o Brasil, e o 188 para o Rio Grande do Sul!)

“A experiência é o que é.
Nossos companheiros são o que são.
Respeite o tempo do outro.”

(Não adianta nos desesperarmos com o que já aconteceu, nem com o que está acontecendo. O desespero só nos impede de pensar com clareza e com calma. Podemos aprender com cada experiência e isso vai ser sempre muito bom.)

(Nossos companheiros são o que são. Os seres-humaninhos desse planeta são o que são. Relaxe. Não adianta tentar mudá-los a marretadas. Podemos conversar, deixar nossa opinião com delicadeza, clima de amizade e coraçõezinhos – no caso do Facebook - , podemos tentar ser exemplos para eles. Se eles não quiserem mudar, tranqüilo, cada um tem seu tempo. A pessoa pode acabar mudando eventualmente, ou pode nunca mudar. Está tudo certo também. Cada um é cada um. Cada um teve experiências diferentes de nós, pensa de outro jeito porque aprendeu com outras pessoas e acabou fazendo outros raciocínios que, às vezes, a gente só não entende porque a gente não viveu o que o outro viveu. Se tivesse vivido exatamente o mesmo que o outro, e ouvido as mesmas coisas, das mesmas pessoas, provavelmente teríamos a mesma opinião. Então, pra que ter raiva do outro? https://www.facebook.com/images/emoji.php/v6/f4c/1/16/1f642.png
:-)

“Faça tudo de BOA VONTADE”

(Até aquilo que você menos gosta de fazer, mas tem que fazer. A louça, por exemplo. Lavar a louça de má vontade é muito pior. Além de deixar a tarefa mais chata do que é, a gente ainda perde mais tempo fazendo do que precisava perder, porque estamos fazendo de má vontade, e acabamos ficando lerdos pelo resto do dia, porque uma vez que a lerdeza se instala na gente, é difícil largar dela, kkkk. O mesmo serve para todo o resto que você tiver que fazer em um determinado dia. Fazer de boa vontade é muito mais legal, e ainda deixa a tarefa mais agradável de fazer.)

“Aja sempre com confiança.”

(As pessoas vão sempre te levar mais a sério se você agir com confiança. Mas não seja arrogante. Você pode estar andando com confiança, mas para o lugar errado. É sempre importante ouvir os outros também, e é super permitido mudar de opinião caso a opinião dos outros faça sentido.)

“Tudo que TIVER que acontecer, VAI acontecer. Relaxe.
Aproveite. Reflita. Aprenda. Siga em frente.”

(Quando você estiver ansioso pelo resultado de alguma coisa, pergunte-se o seguinte: Você já fez o melhor que podia? Então relaxe. Se for para você passar na prova, você vai passar na prova. Se for para você ganhar o emprego, você vai ganhar o emprego. Se não for, aprenda com a experiência, aproveite-a para crescer e siga em frente, alegre do mesmo jeito, porque aquele emprego não era o que você precisava. O emprego que você precisa vai aparecer quando tiver que aparecer, desde que você continue tentando e dando o máximo de si.)

(“Ah, Renata, pra você é fácil dizer isso! Você não está desempregada.” Verdade, mas adianta você ficar desesperado? Ou isso só vai te fazer mal? E pior, vai te fazer ficar tenso na próxima entrevista de emprego. Se você encarar a negativa anterior com tranqüilidade, alegria e entusiasmo pela próxima entrevista de emprego, quem sabe você se saia melhor nela.)

(Lembrando que esta lista eu fiz pra mim https://www.facebook.com/images/emoji.php/v6/f51/1/16/1f603.png
:-D . Estou dando esses detalhes e explicações para facilitar quem quiser segui-la também, adaptando-a no que precisar ser adaptado.

“Lute sempre pela COMPAIXÃO, pela LIBERDADE, pela EDUCAÇÃO.
O resto são detalhes que se acertam com o tempo.”

(Esse é bem pessoal meu mesmo. São minhas lutas.  Por “compaixão”, eu quis englobar tudo que a compaixão acaba trazendo como conseqüência também: caridade, tolerância, respeito [pelo ser humano, pelos animais, pelo meio ambiente], empatia.... Compreender o outro como ele próprio se vê, respeitar a opinião do outro e amá-lo mesmo que a opinião dele seja oposta à sua. [No meu caso, amar quem votou no Trump também, porque a gente nunca sabe o que fez a pessoa votar nele. Pode ter sido medo da Hilary, pode ter sido a própria situação econômica da pessoa, pode ter sido uma variedade de coisas. O mesmo raciocínio eu posso usar para qualquer outra pessoa que tenha uma opinião diferente da minha.] O ódio só faz mal a nós mesmos. A outra pessoa nem sente; muito menos alguém que está láááá nos Estados Unidos. Agora que o Trump já foi eleito, acho que o melhor que eu tenho a fazer é pensar “Ah, vai que dá certo, né? Partiu ver o que vai acontecer e pronto.” Assim eu não morro de ansiedade à toa.)

(“Compaixão. Liberdade. Educação. O resto são detalhes que se acertam com o tempo.” A meu ver, se a compaixão for estimulada nas pessoas, e se a educação do país mudar, tanto a intelectual, quanto a moral e a emocional, unindo isso tudo à liberdade – que, a meu ver, não pode ser perdida para se garantir os outros dois - a maior parte dos nossos outros problemas no Brasil se resolveriam por conta própria: a violência, a pobreza, a fome, a qualidade ruim dos hospitais, tudo. Por isso, vou continuar tentando defender esses três pilares, tanto nas minhas postagens quanto nos meus livros. Quem sabe eu consiga fazer alguma diferença, pelo menos para meus leitores)

“Jamais te envaideças.”

(Peguei essa frase de algum livro e tive que colocá-la aqui para me lembrar sempre disso.  Nós somos o resultado de tudo que vivemos e aprendemos; seja nesta vida, seja nas passadas – se você acreditar em vidas passadas. Não somos nada além disso. Se outra pessoa não sabe o que a gente sabe, ou não consegue fazer o que a gente faz, isso não é motivo para que a gente se sinta superior a ela, ou para que nos sintamos vaidosos. A pessoa simplesmente não aprendeu ainda aquilo que a gente já aprendeu, nem viveu as mesmas experiências que a gente viveu. Se tivesse vivido, teria aprendido da mesma forma que nós.

(Sentir-se superior porque você é um engenheiro formado e a outra pessoa é faxineira não faz sentido. Se você tivesse nascido na família da outra pessoa, com as condições de educação e de tempo de estudo que a outra pessoa teve, talvez você tivesse virado faxineiro também. Isso não quer dizer que a pessoa não tenha, dentro dela, a mesma capacidade que você tem. Ela só não teve as mesmas experiências, os mesmos incentivos, a mesma família, os mesmos professores. Às vezes, foi um único professor que você teve na terceira série, e ela não teve, que estimulou em você a ideia de fazer aquela faculdade específica. Enfim. É isso. Vivemos numa rede de mínimas circunstâncias, que nos levam para um lugar ou para outro. Muitas vezes, a posição aparentemente superior em que a gente se encontra na sociedade não tem nada a ver com nossa capacidade ser maior do que a do outro. O faxineiro pode ser muito mais inteligente e muito mais sábio que você. Ele só viveu circunstâncias diferentes. Nunca assuma nada quando olhar para qualquer pessoa. Muito menos se assuma superior a ela. A gente não conhece a verdadeira capacidade de ninguém. Um mendigo na rua pode ser um gênio três vezes mais inteligente que nós. Só não teve as mesmas chances, nem conheceu as mesmas pessoas.)

(Às vezes, a vaidade está bem escondida e disfarçada dentro de nós, de modo que devemos tomar todo o cuidado do mundo para encontrá-la e arrancá-la dali. Este tipo de vaidade aparece, por exemplo, quando alguém escreve errado na Internet e a gente se sente superior porque sabe escrever certo – sendo que a gente só lembra como escrever corretamente determinada palavra porque a gente teve acesso a dezenas de livros que a pessoa provavelmente não teve, ou porque a gente foi mais estimulado a ler do que a outra pessoa; a vaidade aparece quando alguém diz que não sabe quem foi Getúlio Vargas e você pensa “Que cara idiota!”, quando, na verdade, aquela pessoa simplesmente nunca aprendeu sobre Getúlio Vargas, ou aprendeu tão pouco, que esqueceu com facilidade. Você também não lembraria nada sobre ele se não tivesse aprendido com aquele professor que gostava muito de falar do Getúlio, ou se você não tivesse aquele avô que sempre te contava coisas a respeito dele. Nem saberia sobre política americana se não tivesse visto uma centena de filmes a respeito (meu caso). A pessoa não tem obrigação de saber tudo que você sabe. Ela não teve as mesmas experiências que você teve. Ela pode, inclusive, saber muito mais do que você a respeito de uma gama enorme de outros assuntos.)

“Examine as sugestões verbais que te cercam, sem se afetar negativamente.”

(Muitas vezes vão tentar te tirar do sério, tanto entre amigos quanto na Internet. Não caia na armadilha. Às vezes, a armadilha nem é intencional. Às vezes é um amigo que resolveu falar mal de alguma fulana que você também não gosta e, se você não se policiar, vão ficar vocês dois falando mal da pobre coitada, e a vibração da conversa vai se tornar, aos poucos, muito ruim, e vocês vão começar a criticar outras coisas, falar mal de outras pessoas. A conversa vai acabar virando uma lavação de sentimentos ruins e nada de bom sai disso.

Alguém começou a falar mal de fulana? Discretamente vá tentando mudar de assunto, por mais que você também queira falar mal da fulana. Se puder, quem sabe até tente achar algum ponto positivo sobre fulana, para adicionar à conversa dele. Discretamente. Aos poucos. Sem afrontar o amigo. Você vai se sentir melhor consigo mesmo depois disso.  Quando eu consigo fazer isso, eu me sinto super melhor. Até porque eu sei como é ruim quando alguém fala mal da gente. Aqui vale aquela regrinha de ouro: não faça aos outros o que você não gostaria que fosse feito a você.)

O resto da lista é quase um resumo das coisas que já falei acima, nas observações dos outros itens! https://www.facebook.com/images/emoji.php/v6/f4c/1/16/1f642.png
:-)


“Mantenha uma conversação sempre digna e proveitosa.
- sem acusações
- sem preocupações inferiores
- sem veneno
Controle os assuntos que inicia.
Elimine palavras que humilhem ou depreciem o outro.
Se trouxer denúncias, más notícias, futilidades, relatórios malsãos da vida alheia, observe como age. Em todas as ocasiões há recursos para a retificação amorosa.”

(Se tiver que dizer alguma coisa, sempre há um modo de dizê-lo de uma forma melhor, mais amorosa, mais leve, colocando também pontos positivos. Isso sempre traz melhores resultados do que falar com malícia, ou de qualquer jeito.)




Nenhum comentário:

Postar um comentário