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domingo, 24 de maio de 2015

Essa crase!!!!

Essa terrível sucessão de facadas por que passa a sociedade carioca está gerando reações de redes sociais e da mídia impressa também com reportagem de capa da Veja. espera-se a reação das autoridades

Mas trago o assunto aqui por um motivo bem menos trágico

A manchete do Globo de ontem dizia:


'Mais quatro ataques à faca no Rio'

Está correta essa crase aí?

Eu sempre uso aquela regrinha da troca por um complemento de origem masculina. Se a troca por 'ao' cabe bem, então eu concluo que precisa crase. Mas talvez não seja sempre que ela funciona..
Neste caso, troquemos 'faca' por 'revólver'.

Você colocaria 'ataques ao revólver'? Não, né? Você fala 'ataques a revolver', então eu concluo que o gênero não é necessário para impor o uso da crase.

Eu tive um embate com a Comunicação da minha empresa, que usou a expressão 'feito à mão' colocando uma enorme crase. Meu argumento era o mesmo. Se a parte do corpo usada fosse o dedo, você colocaria 'ao', falando 'feito ao dedo'? Não!

Acho que a coisa depende da situação! Então, sem crase!
Veja outro exemplo: 'Feito a moda da casa'  leva crase?

Troca pelo gênero masculino, e você falaria 'Feito ao jeito da casa.' Ficou bem? portanto, a primeira leva crase.

E agora, quem poderá me ajudar??


3 comentários:

  1. Homerix,

    Depende da circunstância. E não confundir preposição com artigo, o que cria exceções à regrinha da troca, que você mencionou. Se você escrever, por exemplo, vendeu a vista, então, nessa circunstância, você vendeu a vista, vendeu os olhos. Mas se você vendeu algo à vista, a circunstância é outra. Logo, ataque a faca e ataque à faca, são, também, circunstâncias bem distintas. Tão simples quanto isso.

    Se a tuma que "criou" a desnecessária "reforma ortográfica" acessar essa discussão, então é capaz de termos que engolir uma "reforma da crase". My God!

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  2. Já desisti de saber com se escrevem as palavras em nossa língua.Já fui cioso de meus textos e de meus escritos.Até livro escrevei.Agora desisti. De vez.Cada um que entenda como quiser Não vou atravessar esse Ribicão para lutar uma guerra que eu já sei, não irei ganhar.

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  3. Não entendi a dúvida, Homero. Tudo que você escreveu está correto, inclusive o teste da troca de gênero, inclusive no exemplo acima do vendeu a vista.
    Vendeu a vista => vendeu o olho (artigo);
    Vendeu a vista => vendeu a prazo (preposição, sem crase);
    Vendeu à 1a vista (vendeu ao 1o que viu) => vendeu ao 1o olhar: preposição + artigo = crase.

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