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terça-feira, 1 de julho de 2014

Incêndios!! Apaguem!! Logo!! No Poeira!!!

Entre um jogo de Copa e outro, acabamos indo ao teatro.
E, por acaso, foi uma das melhores peças que vimos.
Incêndios, com Marieta Severo, no Teatro Poeira.

Ela, e mais 6 atores que eu olimpicamente desconhecia deram um show. Foram DUAS horas seguidas sem intervalo, com tensão constante, de não tirar os olhos, e prestar muita atenção.

A peça é de 2003 e foi escrita por um Líbano-canadense. Desde então vem sendo encenada no mundo todo. Em 2011, teve um filme, de mesmo nome, que foi candidato ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

A peça começa com um casal de irmãos na leitura do testamento da mãe, muito estranho, em que pede que a filha entregue uma carta a seu pai e o filho entregue uma outra carta a seu irmão, que absolutamente eles não tinham a menor ideia que existiam. E pede que seja enterrada nua, de bruços, sem caixão, sem lápide, sem epitáfio, e que só se providencie tudo isso quando tudo for esclarecido.

E aí começa a jornada ao passado, com os atores assumindo diversos papéis, e Nawal (Marieta) desde a adolescência,  com uma competência extraordinária. O cenário é um país não identificado do Oriente Médio, envolto em guerras civis, genocídio, estupros, sequestros, snipers, maldades sem fim, e cada vez que vem um relato a gente se afunda na cadeira, e quando vem o desfecho – Oooooh – a gente não acredita, e ao final, sente-se a plateia com lágrimas nos olhos, inclusive este que vos reporta...
Vão logo!!
Não sei até quando vai, mas sei que em agosto, estará em SP.


Só sei que quero ver o filme, pra ver as encenações que só o cinema pode prover.

Um comentário:

  1. Oi, Homero. Vi o filme, quando de seu lançamento, por ocasião de sua indicação ao Oscar (mas ele ficou em cartaz por longo tempo no Estação). Na época, ele despertou em mim, as mais variadas e fortes sensações de pena, sofrimento, justiça, aplauso e lágrimas e quando a peça foi lançada no ano passado, apesar de ser uma obra com a participação da Marieta Severo (atriz de quem sou admiradora de longa data), essas sensações descritas ainda estavam vívidas em mim e, assim, não fui ao teatro mas, não resta a menor dúvida, de que o filme (e eu imagino que a peça também o seja) é, absolutamente, arrebatador, envolvente, emocionante e...surpreendente. Vale a pena conferir, agora, na telona da sua casa.
    Abr grde da Rosana

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