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terça-feira, 2 de abril de 2013

Sinais Explícitos


Ontem, assisti na TV, ao maior sucesso do cinema brasileiro, o filme Tropa de Elite II. Foi interessante notar que Russo já começou sua carreira de mau-caráter naquela época. Só depois de Brasília ele foi pra Turquia.... Ao menos, o cara levou porrada na melhor cena do filme.... (vejam a cena aqui).


Relembro aqui o post que escrevi então, em que ressaltei um detalhe esquecido, sobre o personagem de Wagner Moura, o Capitão/Coronel Nascimento.
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23-10-2010 

Já está chegando a cinco milhões o número dos que já testemunharam na telona o retrato de nossa carioca sociedade, em 'Tropa de Elite II', ficando boquiabertos, intrigados, revoltados, tristes, recompensados, qualquer coisa menos indiferentes.


Exagerado ou não, é mais ou menos isso que vivemos por aqui.

Já recomendei brevemente o filme, e não vou me alongar em análises. Apenas compartilho uma resenha que li, que achei brilhante, neste link,  e não pode ficar restrita ao grupo de amigos do autor (Gabriel Marinho, amigo de Renata - quem quiser se comunicar com ele, me diga).

Enquanto a lia, além de ficar maravilhado com a análise completa, profunda, minuciosa, comparando os dois 'Tropa', fiquei sabendo de coisas interessantes sobre o 'Tropa' original, como por exemplo, que houve mudança do personangem principal, que era para ser Matias, mas migrou para o Nascimento, devido ao desempenho espetacular de Wagner Moura.

Wagner Moura, aliás, não é apenas um mero ator recebendo salário neste filme. É co-produtor, e estima-se que já tenha faturado mais de milhão e meio, direto para o bolso. Merecido! Fantástica composição do personagem.

Aproveito este encaminhamento para compartilhar uma coisa que percebi neste novo 'Tropa', que não vi escrita em lugar nenhum: note que o (agora) Coronel Nascimento continua morando no mesmo apertado e escuro apartamento, e fazendo sua rotina, de ir à geladeira tomar água quando chega em casa. A geladeira, sim, é uma pequena concessão, num modelo mais moderno, percebeu Neusa.


Parece uma coisa boba, um mero detalhe, mas eu entendo que denota a vida séria de um profissional sério. Veja bem que, àquela altura de sua vida, ele já havia virado um colarinho branco, que poderia muito bem estar se locupletando, como muitos de seus colegas sub-secretários de qualquer coisa.

Bem diferente do tal chefe da milícia, que pilotava uma possante lancha, a dividir o lazer com seus igualmente corruptos pares da 'polícia'.
O chefe da milícia ostentava sinais explícitos de riqueza...

Já o nosso herói ostentava sinais explícitos de honestidade...

Homero Nos Detalhes Ventura
 
 

6 comentários:

  1. OI HOMERO
    NÃO VI ESTE AINDA, MAS JÁ LI SOBRE... CONCORDO COM O GABRIEL... ESTE É BEM DIFERENTE DO PRIMEIRO SEGUNDO OS CRÍTICOS...
    O PROBLEMA É QUE DERAM UM TRATAMENTO HOLLYWOODIANO NESTE SEGUNDO DEVIDO AO ESTOURO NA BILHETERIA - SÓ POR ISSO - WAGNER MOURA VIROU ATOR DE PRIMEIRÍSSIMA GRANDEZA (APESAR QUE ELE JÁ ERA BOM) E O PERSONAGEM DE "BANDIDÃO" VIROU HERÓI...

    COISAS DO BRASIL E DA POLÍCIA DO BRASIL...
    ABRAÇO

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  2. Bah, todo mundo comentando, e eu tenho que esperar o DVD. :-(

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  3. Oi, Homero!
    Muito bom!
    Adorei o filme e o texto do Gabriel Marinho refletiu bem o que senti!

    Agora vamos esperar o Tropa 3! :-)

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  4. Bom dia Homero,

    Cá estou me redimindo do silêncio e compartilhando contigo a dor causada pelo "soco no estômago" que recebi ontem ao sair da sessão de tropa de Elite II. A única coisa que tornou o filme um pouquinho palatável foi o fato de eu ter votado no Marcelo Freixo sem nem saber tudo o que esse cara já tinha realizado, foi um sentimento de "finalmente acertei uma!" e outra, foi o Padilha ter deixado o Nascimento vivo e com o filho, porque em meio a tanta desolação esperança é indispensável.

    Brilhante Tropa de Elite 2! estou orgulhosa do Padilha, dos atores e dessa produção que os brasileiros conseguiram realizar. A acidez e crueza da penosa situação em que todos nos encontramos (refém foi como me senti) tem que servir mesmo pra revirar o estômago da gente, vomitar é necessário às vezes para melhorar.

    Excelente os comentários tecidos pelo Gabriel, me rendi ao Tropa 1 no sábado antes de ver o 2, achava que não valia a pena ver tanta violência mas eu estava enganada, tal como o Nill (ou Neil) de Matrix é preciso despertar, ainda que a verdade não seja aquilo que gostaríamos que fosse, algo precisa ser feito e tem que começar de mim, de você, de nós. Tenho a esperança de que se todos os brasileiros se sentirem mexidos como eu fiquei ao ver o filme em um prazo de 10 anos talvez a história de Brasília e do Brasil não seja mais tão perversa.

    Abraços fraternos,

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  5. Muito bom não só o seu texto, mas tb a resenha do jovem Gabriel - muito bem escrita, em todos os sentidos...

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  6. Revendo ontem na TV, percebi numa das cenas iniciais em que o personagem Fraga palestra, a presença do deputado Freixo na platéia.
    Embora os personagens sejam ficcionais, dá pra fazer um paralelo com alguns personagens reais dá nossa política.

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