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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Entre o Natal e o Ano Novo

Quando comecei a escrever minha mensagem de boas festas e retrospectiva do ano, confesso que passei por uma crise de produtividade tal que pensei que ia ficar SEM versos, mas no final a coisa progrediu e ela acabou ficando com quase CEM estrofes, faltaram só 13.

Foi legal que o título levou a algumas interpretações interessantes: um amigo achou que se tratava de uma comparação entre o Grêmio e o Internacional, outro entre o DVD (que tem laser vermelho) e o Blu-ray (que tem laser azul), e um outro que o associou às cores de uma apresentação do trabalho, em powerpoint.


Graças a alguns dos amigos que já a leram até o fim, vejo que se puxasse pela memória, poderia ter me aproximado bastante da contagem centenária,

Só o Sílvio Santos italiano
Renderia três ou quatro,
Pois passou todo o ano
Qual ator em anfiteatro.

Disse às vítimas do terremoto:
“Aproveitem o acampamento!”
E provou ser um devoto
De prostitutas no aposento.

Tanto destaque no jornal
Teve sangrento desenlace.
Passou um tempo no hospital
Após catedralada na face.

E o Gilmar Mentes poderia
Render também outras tantas:
Continuou com a vil mania
De proteger Daniel Dantas.

E depois da decisão
De extraditar o Battisti,
Acabou com a população
Pondo-lhe o dedo em riste,
Pois libertou da prisão
O ginecologista tarado,
E devolveu ao Grande Irmão
O pobre Sean atordoado.

De volta ao lado anil,
Um elogio que procede:
Grandes shows no Brasil
De Elton, Kiss e Radiohead.

Também teve o piloto mágico:
Num Airbus sem turbinas,
Evitou um fim trágico
Em águas novaiorquinas.

E por aí iria ...

Bem, em homenagem ao exato momento em que estamos, e tendo sobrevivido ao primeiro abuso, lembrei-me de uma das frases lapidares de 2009 (queria que fosse minha, mas não é).

Se já leu, lê de novo:

Não importa o que você come
entre o Natal e o Ano Novo,
mas sim, o que você come
entre o Ano Novo e o Natal.
Abraços  e Feliz 2010

Homero

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