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terça-feira, 21 de abril de 2009

O Supremo exige!

Dinheiro público, no congresso, só pode ser destinado a viagens se elas forem a serviço!
.... disse o locutor do JN (Não era o Bonner!), na segunda-feira, com uma impassividade atroz!
Ah, bom!!!
Agora sim!!!
Podemos dormir tranquilos, que o Judiciário está atento para garantir o bom uso do erário público!
Veja se pode uma coisa dessas!
O locutor do JN cumpriu seu dever de noticiar, ainda que o que acabara de dizer não devesse ser motivo de notícia, de manhete de chamada. A nova regra, a novidade, deveria estar no âmago da pessoa que faz uso da coisa pública.
Pouco mais de uma hora antes, nos minutos que antecederam a excrescência diária do anúncio 'Em Brasília, 19 horas', Dora Kramer, esta sim, com indignação, me contava que o presidente daquela casa de lascívia, o sr. Temer, admitira, do alto de sua sinceridade, que ele mesmo fizera uso do meu dinheiro para pagar viagens particulares dele e dos seus. Certamente, estava TEMERoso e achou melhor ele mesmo fazer um mea culpa, do que ser mais um dos denunciados, em meio à febre de decência que assola o baixo clero legislativo.
Aliás, vocês notaram como sujas excelências, os deputados, estavam quietinhos quando pipocavam as denúncias de mal-versação na casa de favores ao lado? Ninguém, nem da situação nem da oposição, levantou a voz indignada para lamentar os absurdos que aconteciam diariamente no senado federal. Agora se vê porque! Logo foram aparecendo as falcatruas, uma atrás da outrs! Veio o deputado que fazia passear as namoradas pelos céus do país para participar de carnatais, e finalmente a denúncia do rachuncho com agências idôneas, um esquema altamente legal, um verdadeiro programa de pilhagem!
E não parou em Temer a notícia pré-hora-do-Brasil: enquanto Dora destilava sua revolta contra a situação temerífica, eu ficava imaginando a cena bíblica do "quem nunca usou verba indevidamente, que atire a primeira pedra"! E imaginava que pelo menos alguns iriam empunhar uma pedra para atirar, e pensava em pelo menos um nome que pudesse ser um bastião da moralidade, o meu deputado Gabeira.
E não é que meu castelo viria a desmoronar alguns segundos depois??!! Dora disse que até mesmo ele admitiu que pelo menos uma vez fez uso do direito que tinha para viagens particulares.
É o fim!
É mais uma confirmação daquela história, ou ditado: Nunca diga "Desta água não beberei"!.
A mosca azul deve ficar revoando, revoando, até que uma hora ela te pica. Pica? Será que é uma coisa de tempo regulamentar, uma bela hora, você acaba cedendo?
Quero crer que não!
Será que o Christovam Buarque ainda está invicto, virgem, segurando a pedra, pronto para quebrar aquelas cúpulas de vidro, tanto a côncava como a convexa? Seria ele um último baluarte vivo?
Sabendo ou não a resposta, até pensei em marcar minha revolta anexando uma foto que eu tirei do Congresso, em Brasília 2005, e que reluto divulgar, pelo gesto chulo.
Ela se chamava 'As 3 Torres' ou, alternativamente, 'Aqui Procês!'
Interessante notar que aquele era o meu sentimento por aquelas casas de tolerância, há quatro anos, e a coisa só faz piorar!
Com tudo isso, dá pra acreditar no tal Pacto Republicano? Você acredita num documento co-assinado por Gilmar Mendes, José Sarney e Milton Temer? Eu até isento o presidente, pois afinal, "Ele é o cara"! E até foi sincero ao dizer que naqueles três podreres (erro proposital), não existe freira ou santa! Acho que trata-se de uma excelente oportunidade de aplicação da nova ortografia, que mandou cortar alguns 'c's mudos lá na terrinha, e fazê-lo aqui também, cortando 'c' de Pacto, tornando-o Pato, então, Pato Republicano, que sou eu, e todos nós!!!
Bem-vindo ao bando (qual é o coletivo de pato?)!!!
Abraço
Homero Muito Puto Ventura  

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