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segunda-feira, 16 de junho de 2008

AWoL - Ensino extra

Depois do impacto, vem a constatação de que não há economia em currículos disponíveis. Não se pode reclamar da quantidade de matérias oferecidas: entre requeridas e eletivas, dá para escolher dentre um sem-número de opções, chegando ao nível das semi-profissionalizantes, como computação gráfica, culinária ou mesmo cosmética. Se a tendência do aluno é para as artes, as opções são muitas: se a criança está no ensino básico dá até para aprender instrumentos de orquestra, se entrar no ensino médio, já tem que chegar sabendo, mas ali entrando, há uma valorização fenomenal à prática musical, com apresentações periódicas, prêmios, a orquestra da escola disputa com outras do distrito, depois da cidade, depois do estado e vai subindo, afinal é a terra da competição. Bastará apenas acostumar-se a disputar espaço com o coreano, ou mais amplamemente, o oriental ao seu lado, o que não é fácil. Se não gostar de orquestra, e quer seguir música, há as bandas marciais, super bem equipadas.
Continuando no exercício artístico, há as aulas de teatro, na verdade, a bossa são os musicais, e as escolas se esmeram, chegam a montar espetáculos ao nível de uma mini-Broadway. No caso de o adolescente não cantar, ou dançar, ou interpretar bem o suficiente para fazer parte do elenco, pode fazer parte da produção, da iluminação, da sonorização, como contra-regra, enfim há lugar para todos fazerem sua parte, há quadrado para cada um achar o seu. Inclusive os tocadores de instrumentos modernos, tipo guitarras e bateria, podem levar o seu quinhão, acompanhando os musicais, juntamente com uns poucos membros da orquestra da escola. Meu filho tocou violino num edição de Hello Dolly.
 Se mudar de canal, para o exercício físico, o esporte é super incentivado, desde que tenha o rapaz ou a moça um desempenho razoável nas matérias básicas Todos os tipos de esportes são oferecidos, mesmo o futebol de verdade, aquele jogado com os pés, que lá é muito bem desenvolvido no lado feminino, onde são ou foram campeões mundiais. Para as mocinhas, há também uma instituição típica americana, que pode mesmo ser considerado um esporte: elas podem ser ‘cheer-leaders’ E elas treinam muito, são fundamentais no incentivo aos esportes que são praticados nos ginásios, ou até mesmo nos estádios, que são parte constante das escolas, sempre construídas em grandes espaços. Realmente só há o que elogiar. E a exigência de bom desempenho escolar faz com que os atletas não restrinjam o sucesso a seu tempo de esporte, seja amador ou profissional. Durante a universidade há campeonatos seríssimos e muito bem cotados, com transmissões pela TV em nível nacional. E eles só podem passar ao nível profissional se ralaram um tempo na universidade, ao menos essa é a regra. Ao final da universidade, mesmo que não emplaquem em um dos times profissionais, o que os levaria a serem milionários, a educação que tiveram faz com que sigam em outras carreiras, ou mesmo no esporte, como comentaristas bem preparados, e falando corretamente o idioma, coisa que é rara acontecer por estas nossas bandas tupiniquins.

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